A compreensão das mudanças relacionadas a eventos em âmbito molecular e celular durante o desenvolvimento dentário, causados por agentes terapêuticos durante a reparação tecidual de um dente decíduo tratado endodonticamente, oferece a oportunidade de se avaliar a biocompatibilidade de vários agentes terapêuticos relacionadas a este tratamento.
Várias medicações têm sido propostas para promover a limpeza e desinfecção dos canais radiculares dos dentes decíduos. Mas, a topografia irregular desses canais dificulta a instrumentação dos mesmos.
O Formocresol tem sido a medicação mais comumente utilizada para a pulpotomia de molares decíduos cujo sucesso alcança 70% a 98%6, mas pelos prováveis efeitos deletérios, o uso do formocresol tem apresentado um declínio considerável em todo o mundo.
Estudos também têm evidenciado problemas relacionados ao uso do formocresol, tais como defeito de esmalte no dente sucessor e difusão sistêmica e nos tecidos adjacentes, além do seu potencial mutagênico e carcinogênico, o que fez a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), em 2010, divulgar que há evidência suficiente em experimentos com animais e humanos para classificar o folmaldeído como cancerígeno e dessa forma a mesma não recomenda o uso de tal substância.