PDF: Anquiloglossia: relato de caso


O freio lingual, ou frênulo da língua, conecta esta ao assoalho da boca, permitindo o movimento livre da língua. 



Não se trata de tecido muscular, mas uma prega mediana de túnica mucosa que passa da gengiva para a face posteroinferior da língua e recobre a face lingual da crista alveolar anterior. O freio lingual é formado por tecido conjuntivo fibrodenso e, muitas vezes, por fibras superiores do músculo genioglosso.

À medida que há desenvolvimento e crescimento ósseo com prolongamento lingual e erupção dentária, o freio lingual migra para a posição central até ocupar a sua posição definitiva com o nascimento dos dentes. Classifica-se o frênulo lingual em curto, com fixação anteriorizada e curto com fixação anteriorizada. Madeira (1993) descreve o freio como uma parte da mucosa oral que forma uma dobra ondulada determinando uma prega franjada. Essa estrutura recobre a veia profunda da língua e a glândula lingual anterior perto do ápice.


Histologicamente o freio lingual é composto por um tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e elásticas, com algumas fibras musculares, vasos sanguíneos e células gordurosas, e recoberto por um epitélio pavimentoso estratificado.

A anquiloglossia, conhecida como língua presa, sua forma popular, constitui uma anomalia do desenvolvimento caracterizada por alteração no freio da língua que resulta em limitações dos movimentos dessa estrutura, podendo gerar mudanças na fala e deglutição. A modificação da inserção acontece da ponta da língua até o rebordo alveolar lingual e é visível já no nascimento. Sua definição varia desde uma vaga descrição de língua que funciona com a extensão da atividade menor que a normal até a descrição de freio curto, espesso, muscular ou fibroso.









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