PDF: Análise da relação entre a ocorrência da halitose e a presença de saburra lingual


A halitose é uma condição do hálito na qual este se altera, de forma desagradável tanto para o paciente como para as pessoas com as quais ele se relaciona, podendo ou não significar uma condição patológica. 




É também conhecida como hálito fétido, fedor da boca, mau hálito ou mau odor oral. Constitui uma queixa comum, de ocorrência mundial, que afeta adultos de ambos os sexos e em qualquer faixa etária, apresentando uma etiologia multifatorial, embora o seu principal fator causador seja a decomposição de matéria orgânica, provocada por bactérias anaeróbias proteolíticas da cavidade oral.

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Os odores bucais variam de acordo com o decorrer do dia, podendo depender do fluxo salivar, de resíduos alimentares, da população bacteriana local, da ingestão de certos medicamentos e bebidas, bem como do tabagismo e da presença de saburra lingual.

O hálito desagradável ao acordar é considerado fisiológico, devendo ser distinguido da halitose propriamente dita. Ele acontece devido à hipoglicemia, à redução do fluxo salivar para virtualmente zero durante o sono e ao aumento da microbiota anaeróbia proteolítica. 

A atuação desses micro-organismos sobre os restos epiteliais descamados da mucosa bucal e as proteínas da própria saliva geram componentes de odor desagradável. Após a realização da higiene dos dentes e da língua e da primeira refeição, a halitose matinal deve desaparecer. Caso isso não ocorra, pode-se considerar o indivíduo como possível portador de halitose real, problema a ser investigado e tratado.








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